sábado, 23 de fevereiro de 2013

contando o tempo do que fez

21 anos, 7319 dias,  175656 horas, 10539360 minutos e mais um pouco assim que terminar de escrever esse texto.
Acorda e pensa. O que eu já fiz e ainda tenho de fazer? Tudo tem que ser planejado? Ou tudo já está planejado?
Fica feliz, seus pensamentos estão mudando e também sua compreensão, diferente de dias atrás, tudo ficou mais claro.

No seu armário parte de sua história, roupas guardadas quando emagrecer, álbuns de fotos para as horas de nostalgia e cartas recheadas de sentimentos. Na estante os livros e cada época da sua vida, toma um para reler e acha engraçado a sua nova visão sobre o mesmo tema.
Ao dia em que se afoga de recordações corre para escrever, o registro de momentos marcantes são importantes, servem para isso. Relembrar...
e relembrar do que comeu ontem não é tão importante! Importante é relembrar quando sua mãe te ensina o que é um não, seu pai aconselha a seguir outro caminho, sua irmã consegue excluir seu egoísmo e  sua amiga(o) consegue tirar um riso seu.

Recordar do dia em que andou de bicicleta pela primeira vez ou que não precisou mais  dizer : "Mãe vem cá no banheiro me ajudar!". A primeira apresentação no coral da escola, as primeiras palavras escritas, o campeonato de natação, os aniversários (cada um com um tema), a primeira queda da árvore com seu banho de lágrimas, o castelo de areia em um dia ensolarado, a casá da vó e o encontro com os primos(as), o dia no qual teve medo de dormir sozinha,Sandy e Junior e Spice Girls, o aperto da campainha do vizinho, o seu primeiro sutiã, a compra mensal dos absorventes, as despedidas, o primeiro toque dos lábios, o encontro com quem por um  tempo você achou que fosse o amor da sua vida, o desespero, a certeza do mais correto, conhecendo o errado, achava que sabia de tudo, via que não sabia de nada, e agora busca conhecer.


Fica olhando o tempo passando. Ontem desceu dois andares e cantou sem vergonha, seguiu o conselho da música Epitáfio e viu o sol nascer. Mas não chorou mais, os dias que ainda estão por chegar aguardam outras emoções...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Quando a gente cria uma ideia por alguém (fazendo o errado)

Ela sempre foi extrovertida, ás vezes culpava-se por falar demais.
Ouvia as pessoas dizerem que os mais falam são muitas vezes os que menos pensam, 
essa era a única coisa que ela duvidava. Pensava demais e se avaliava muito.
Ela é do tipo possuidora de total liberdade, e sabia bem dosar o que ela recebia. Conhecia a
diferença de ser livre e estar livre. 
Tolos aqueles detentores dos excessos de conservadorismos,
assustavam-se a primeira vista, mas via que nenhuma sementinha radical da mudança era possível
implantar em uma mente cheia de ideias.

Ela mudava e muito, era um ser diferente a cada amanhecer, fazia da sua vida uma eterna alegria.
Já sofreu muito e não compreendia porque tinha que sofrer mais e mais, mas  quando as lágrimas secavam
compreendia um pouco sim . Sentia-se mais leve e bem mais feliz, sua alma animava-se porque no fundo no fundo além de tudo sabia que o seu maior amor era o dela mesmo.

Ás vezes tinha gente que falava a ela : " Você não muda mesmo!" . 
E ela perguntava, e você já mudou ?
Ela compreendia o tempo de cada um, só não queria que a julgassem... esperava antes das pessoas a  sua mudança.
Malditas idealizações criadas, a realidade rodeada de defeitos era bem melhor. Amar poderia ser simples e complexo ao mesmo tempo. Ela já sabia disso... só quis errar mais uma vez.

Do blog : http://sushidekriptonita.blogspot.com.br/ , por Daniel Cramer